Estivemos contactando com o músico e antropólogo Zé Leandro do Grupo Serrote Preto e da Preto Produções, que nos orientou como encaminhar nossos instrumentos musicais para um conserto, mas quando soubemos de sua formação em antropologia, tivemos que aproveitar para fazer algumas perguntas sobre nossos estudos sobre os tambores. Acompanhe aqui a sua resposta:
Mas... tu e antropólogo mesmo??
Que legal!
Você poderia nos dar uma palavrinha?
Sabe, estamos trabalhando aqui na escola a sabedoria dos tambores na América do Sul, a origem africana e indígena. Existem muitos estudos sobre a origem africana, ela e obvia, presente ate hoje, forte. Mas sobre a origem indígena, que também existiu, tem pouco material de estudo, existe inclusive quem diga que os indígenas da América do sul não utilizavam tambores e isso e absurdo. Existem estudos sobre os maias, incas e astecas, entretanto pouca coisa e a relação dessas civilizações são ensinadas como se nada tivessem a ver com os nossos indígenas brasileiros, outra inverdade, pois existem pesquisas que falam de um intercambio inteligente entre esses povos e o tronco guaranítico através de rotas, de idas e vindas a PE e de canoas de regiões de leste a oeste entre todo o Sul América. Você podia conversar um pouco sobre isso com a gente?
Eu sei que sou um pouco espaçosa, mas tudo bem, você vai compreender, eu também sei, porque sou uma educadora.
Olá Sandra!Minha primeira profissão é a antropologia, formado pela UFRGS!Acho que nem tanto ao céu nem tanto a terra... Os ameríndios usam e usavam tambores pequeninos e também troncos de arvores ocos grandes... Mas com o advento da escravidão os tambores se fundiram mais intensivamente devido a cultura do índio africano e as savanas. usados para se comunicar a distancia e em processos rituais... Os guaranis usavam taquaras batendo no chão, pois consideram que a "terra" é um grande tambor e deve ser per curtido. Todas as duas culturas me ensinaram muitas coisas que transformou minha maneira de pensar, agir e me relacionar com as coisas da natureza. Os Mbyá-Guaranis, Agês, Charruas "índios cavaleiros" e Caingangues se concentravam no Sul em Viamão e com o advento das sesmarias foram expulsos para o Paraguai, Uruguai e voltaram falando também o Espanhol e foram dizimados . Possuem um tamborzinho para marcar o ritmo descompassado e cíclico, pois a musica pra eles interage com a natureza que é o deus deles e está em tudo o "Nhanderú”... okbem por enquanto é isso!
Este blog pretende registrar o trabalho de Educação Musical Inclusiva construído desde o contexto de uma Escola Especial. 2004 - 2012 Coordenação Profa Sandra Ferreira.
TEXTOS E PLANOS 2004/2011:
A ALEGRIA DA MÚSICA.
SENSAÇÃO - PERCEPÇÃO - CONSCIENCIA CORPORAL E CORPO INTENCIONAL
Mais que captar sensações, perceber é emocionar-se.
Se emocionar é fazer parte do percebido, conectando algo ali que nos afeta. Algo que nos faz sentido.
Emoção, mais do que mera abstração, é experiência, é ação, é o que nos faz mover.
A percepção apresenta uma dimensão ativa. Percepção e consciência da percepção se referem a um único movimento, onde o corpo desempenha o papel central .
Sandra Ferreira
Reflexões sobre a Fenomenologia de Maurice Merleau Ponty
Se emocionar é fazer parte do percebido, conectando algo ali que nos afeta. Algo que nos faz sentido.
Emoção, mais do que mera abstração, é experiência, é ação, é o que nos faz mover.
A percepção apresenta uma dimensão ativa. Percepção e consciência da percepção se referem a um único movimento, onde o corpo desempenha o papel central .
Sandra Ferreira
Reflexões sobre a Fenomenologia de Maurice Merleau Ponty
SALVE A DIVERSIDADE!
FLÂMULA DA BANDA PATAPATASOM - 2005
10 de nov. de 2007
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